DESTINO
O mundo está plenamente desequilibrado
E o ser humano é um desequilibrista nato,
Vive feito cobra, rasteja-se oco, sem mato
Vivendo das sobras e dos sobejos ingratos.
Imagina-se a tendência do todo um social
Que é mendigar pela fome que o acomete,
A água tornar-se-á relíquia e muito topete
E aos plebeus restará a sede de dom mortal.
Os irracionais têm espaços desapropriados
Pelas inconsciências que se nomeiam donos
E são abandonados em arenas e quilombos...
E a natureza responde aos atos impensados
Distribuindo destruição em tom de castigo,
Porque a seara perfeita é sonho de mendigo!
DE Ivan de Oliveira Melo