Os Tais Heróis
Uma sombra cai sob a áurea-verde terra,
Faz-se noite, diz-se bela,
Coa lua de aquarela e falso brio no ar,
E o dia se cala ante os gritos,
Que ecoam infinitos,
Até o além-mar!
Mas se as vozes mortais,
Sussurram finais, contra um sol-raiar?
Que hemos de fazer?
Só o tempo irá dizer, ou iluminar:
Um país sem respaldo,
A “Justiça” sai no ato,
Foi se exilar!
Mas o quê é deles tá guardado,
A farsa vai tombar!
Dum povo desperto,
Dia ou não solta-se o verbo!
E vou cantarolar:
“Diz, diz os nomes!
Dos ratos, ditos homens, os tais heróis!”