PARIU DENTRO DE MIM

PARIU DENTRO DE MIM

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Teses,

que me fazem pensar,

que não me pertenço.

Eu, não sou meu.

E não posso ser teu.

Nada tenho,

tudo é aparente.

Certo e transparente.

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Olhos sujos

não podem ver,

o que em mim pariu.

Então me podem ouvir?

Podem ouvir o grito do feto,

que pariu dentro de mim como tese...

Não sou de ninguém.

E ninguém não é alguém.

Não somos nada!

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Mas queremos ser

senguindo passos vivos e mortos.

De caminhos retos e tortos,

um pode até tardar, chegaremos lá.

Aqui doi,

mas não estamos fartos de cá.

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Apesar dos contrastes

há aqui, algum senso de união

Entre ninguéns e alguéns,

sempre as ordens.

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Águia do Verso