Marcas
As marcas ainda nos marcam.
As marcas de um passado
Que nos tinge, impregnado
Das violências que nos violam.
Que causam-nos dissenções,
E aceitamos nos dividir.
Causam-nos mutilações,
E rimos ao nos agredir.
Dão-nos obrigações,
E com obrigado nos fazemos rir.
As canetas são grilhões,
Nos impedindo de ir,
Impedindo-nos de vir.
Fazendo-nos ficar.
São essas nossas prisões,
Camburões! antes embarcações
Vitimando minha gente.
São essas algumas acusações
Em meio a um contingente.