Marcas

As marcas ainda nos marcam.

As marcas de um passado

Que nos tinge, impregnado

Das violências que nos violam.

Que causam-nos dissenções,

E aceitamos nos dividir.

Causam-nos mutilações,

E rimos ao nos agredir.

Dão-nos obrigações,

E com obrigado nos fazemos rir.

As canetas são grilhões,

Nos impedindo de ir,

Impedindo-nos de vir.

Fazendo-nos ficar.

São essas nossas prisões,

Camburões! antes embarcações

Vitimando minha gente.

São essas algumas acusações

Em meio a um contingente.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 30/03/2016
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