PEREGRINOS EM ILUSÃO
Perdidos peregrinando ao sabor do vento,
Escravos em um turbilhão de ilusão,
Alucinados sem perceberem a decepção,
Continuam vagando pelo mundo sem alento.
Tristes escravos, sem consciência de suas realidades,
Mesmo subjugados, adoram os seus opressores,
E anestesiados pelo sistema não compreendem suas dores,
Pois acreditam que em meio ao ter, encontrarão a felicidade.
Olhares de falsa superioridade, enganando a si mesmos,
Fazendo cada ser, em meio à multidão, caminhar a esmo,
Seguindo um caminho de tristeza, mas se imaginando felizes.
Muitas vezes a honestidade não faz parte do jogo,
Porém, ainda tento encontrar a singela flor,
Em meio à dor da triste seara de inválidos joios.