MINHA PÁTRIA
Enquanto gritos ecoavam pelas ruas,
Num hospital vi uma mãe aos gritos,
Carregando nos olhos o sofrimento
E em seus braços o filho em brasas.
A dor que eu sentia não me impedia
De ver a revolta daquela pobre mãe.
Tudo se resolveria em poucos minutos
Se ela carregasse muitos números.
Mas ela só tinha seu pequeno nome,
E ele não preenchia suficientemente,
Todas as questões burocráticas
Que podiam ajudar o seu pequeno filho.
Somos números e precisamos deles
Em todas as questões burocráticas,
Dessa nossa sociedade enferma,
Sonhadora, e regida por tantos líderes.
Tempos difíceis estamos passando,
E o povo sofrido marcha em procissão,
Reivindicando o que já é seu por direito,
Em meio a tantas divergências de opiniões.
Ah, minha pátria amada e idolatrada,
Quantos filhos teus já não morreram,
Olhando para a porta da salvação!
São tantos sonhos desfeitos!
Oh, minha Pátria amada e gentil!
Teu povo forte e sofrido clama,
Acorrentado por muitos sonhos,
por amor, paz e mais justiça.
Lu