Ódio ao Ódio

Ódio ao Ódio

O ódio violenta a rua,

Dos becos e das bocas,

Uivam as palavras ocas,

No doido sentido da Lua.

E todo horror se mostra belo,

E sob as máscaras anêmicas,

Exala o odor da ira sistêmica,

Na loucura e no riso acéfalo.

E dos brados loucos e doentes,

Brotam como germes da oratória,

Os pastores dos ecos impotentes,

Predadores da vida e da memória.

Pode o tempo matar a História,

Aqueles sonhos, nossos mártires,

Aquela certeza, a nossa vitória,

Aquele futuro, os nossos líderes?

Respira! O que está além do umbigo

Resiste! No peito e na rua, amigo!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 16/03/2016
Reeditado em 16/03/2016
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