Ódio ao Ódio
Ódio ao Ódio
O ódio violenta a rua,
Dos becos e das bocas,
Uivam as palavras ocas,
No doido sentido da Lua.
E todo horror se mostra belo,
E sob as máscaras anêmicas,
Exala o odor da ira sistêmica,
Na loucura e no riso acéfalo.
E dos brados loucos e doentes,
Brotam como germes da oratória,
Os pastores dos ecos impotentes,
Predadores da vida e da memória.
Pode o tempo matar a História,
Aqueles sonhos, nossos mártires,
Aquela certeza, a nossa vitória,
Aquele futuro, os nossos líderes?
Respira! O que está além do umbigo
Resiste! No peito e na rua, amigo!!!