Soltem as amarras!

Não há poder que me submeta,

não há força à qual sucumba,

não há limite que me cerceie,

só a morte me levará à tumba.

Sou livre da prisão de outrem,

sou feliz por mim mesmo apenas,

sou pernóstico aos tabus sociais,

nunca me renderei a seus lemas.

Acredito no deus-homem, sartriano e puro.

Acredito no respeito, reformador social.

Acredito na educação, libertária e cidadã.

Luto para que o mundo se veja enfim igual.

Sonho com o amor eterno enquanto dure,

sonho com a vida desatada da moral,

sonho com o fim do massacre diuturno,

clamo pela liberdade da algema legal.

Brasília, 12 de março de 2016