Criança esperança

 

Sou o futuro do Brasil
Sou o homem do amanhã
Serei a paz ou a violência
Isto está na consciência
De quem faz hoje o amanhã.

Hoje moro na rua
Meu teto é a lua
Minha cama é o papelão
Minha casa é a porta da igreja
O banco da praça
As marquises espalhadas
Onde nelas faço moradas.

 

Tenho sonhos, tenho esperança
Ainda que escuro 
Pra mim parece ser o futuro. 
Ainda que sinta fome
Frio, abandono, rejeição... 
Este é meu dia a dia.

 

Sou ainda criança
Queria brincar, queria estudar
Queria sentir-se amado
E não viver assim jogado 
Como algo descartado
Indiferente pra tanta gente
Ser visto, como pequeno
E terrivel bandido.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 06/07/2007
Reeditado em 06/07/2007
Código do texto: T554479