LÁ VEM MARGARETH!
Lá vem Margareth!
Lá vai Margareth!
Aquele com o embornal a tira colo
Por entre as rosas da cidade das ruas,
Com rumo incesto, com dignidade incerta.
Eis o ex- menino,
Eis o inquilino da irrealidade,
No abrigo do desatino.
Responde uma pedra, lança outra
Em quem o ofende na via.
Pede água, o aquelíneo.
Nada fala que lhe preste, insano,
Ousa ser feliz , ri desdentadamente
O Aquiles afemeado.
Efebo das fobias, desaquilombado,
Oco...sem ser...ultrajado de azul.
Agacha-se nos calcanhares...
Lá vem Margareth!
Lá vai Margareth!
PUBLICADO em CADERNOS NEGROS
Quilombhoje-pág. 159 - São Paulo- 2015