Ruínas De Janeiro

A maravilha abençoada

Pelos olhos cegos ao redor

Queima as cinzas do passado

Que chora sangue em seu caixão

Ao saber da ruína do futuro

Quando se pergunta sobre o erro de interlúdio

Entre antes e depois

O pouco valia tanto

E por si era mais que tudo

A tal canção então tocada

Pela alma de corações esperançosos

Deixou o seu legado

Para aqueles que não a merecem

Enquanto dançam em sua lama

De retalhos atados em oferenda

A dura e tosca ignorância

Pelas ruas do morro

O pó dita suas regras

Para satisfazer a arrogância

De acolher falta de esperança

Sem a chance de a ter

Pelas praias do litoral

O mar leva consigo

Histórias de tantos anos

Sabendo da real verdade

De só continuar ali

Ao fim de pura caridade

Desta cidade eu via

O luxo de corpos tolos

Sem saber para onde ir

Com "belo" status e poder

Desta cidade eu via

A humildade de mentes sãs

Por saber para onde ir

Com a bondade que há em si

O pouco valia tanto

E por si era mais que tudo

São as Ruínas De Janeiro ...

Edilson dos Santos
Enviado por Edilson dos Santos em 16/01/2016
Reeditado em 18/01/2016
Código do texto: T5512734
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