Desconstrução
Paródia da música Construção do Chico Buarque, excelente como poeta, embora, ruim de caráter e errado nas escolhas políticas, homenagem casada e ele e ao Lula, pois.
Surgiu no ABC como se fosse intrépido,
Denunciou meio mundo como se fosse ético;
Fez jogo duplo como se fosse prático,
Usando as palavras como se fossem máscara;
Rumou para Brasília como se fosse o único,
A ter suas mãos secas do dinheiro úmido;
Acusou picaretas como se fosse sarcástico,
Combateu fantasmas de um modo mítico,
Burgueses, elite, yankes, cardápio típico;
Tomou o Palácio num assalto tríplice,
Abusou do poder como se fosse déspota,
Tomou para si e os seus a coisa pública,
Disfarçou a máfia com capa de república,
Voou meio mundo como se fosse pássaro,
Palestrou maravilhoso como se fosse Cícero,
partiu o todo ao meio como se fosse o Bósforo,
e morreu ainda vivo atrapalhando a polícia...
Surgiu no ABC como se fosse o único,
Fez seu jogo duplo como se fosse ético;
Denunciou meio mundo usando máscara,
Usando as palavras como se fosse intrépido;
Rumou para Brasília como se fosse mítico,
Tendo em mãos os fantasmas críticos,
Tomou o palácio num assalto célebre
Disfarçou a máfia em sua casa tríplice,
Tomou bens pra si como se fosse déspota,
Combateu fantasmas como se fosse Cícero,
Denunciou picaretas como se fosse polícia,
Cantou altas glórias como se fosse pássaro,
amealhou pixuleco como se fosse prático,
sugou o sangue pátrio como se fosse o Drácula,
desfez herança ordeira como se fosse mácula,
Fingiu seriedade como se não fosse crápula,
E morreu para honra como se fosse pústula...
Rumou para Brasília como se fosse déspota,
Combateu fantasmas como se fosse polícia;
Disfarçou sua máfia como se fosse ético,
Tomo o palácio num assalto máscara;
Cantou altas glórias como se fosse intrépido,
Usou as palavras como se fosse o único,
E morreu na contramão negando o tráfico...
Pelo Bolsa-família que coagiu a votar em ti,
Por baixar muito a linha pra classe média subir,
Por teres ensinado o vasto proveito de mentir,
Vá pro diabo!
Pela cachaça que bebes, quando besteiras diz,
Por se fingir pai dos Pobres rumando a Paris,
Por teres apoiado a ditadura cubana, infeliz,
Vá pro diabo!
Pelos títulos falsos que desprezam ao aprendiz,
Por glamurizares à ignorância, essa infeliz,
E roubares como nunca na história “destepaiz”
Vá pro diabo!