SEM MARCO

Amigo, veja...

Veja quanta imprudência

Veja quanta sacanagem

O homem chega, explora veios

E constrói barragens

Pensando somente em si

E dali tirar suas vantagens

Extraindo da terra, o ferro, o ouro

E outros tantos opulentos minerais

Indiferente ao que possa acontecer

Com o futuro de sua própria geração

Então, se impregna ao fardo

Sumamente, só pra enriquecer

Atenuando as riquezas naturais

E assim pra alcançar

Todo o império que o aguçou

Derruba serras, abrindo crateras

Transformando em toxina

Toda argila que explorou

Porém um dia

Essas bacias já não mais suportando

Todo o rejeito que ali se concentrou

Simplesmente estouraram as barragens

E toda lama por cidades se espalhou

Derruindo histórias, levando vidas

Demolindo sonhos, memórias

Inundando tudo por onde passou

Num curto espaço de tempo

Este drama se alargou ainda mais

Arruinando córregos, rios e riachos

Matando peixes e outras espécies animais

Afetando milhares de pessoas

Em inúmeras comunidades

Deixando inteiramente vulnerável

O fornecimento de água potável

Tanto quanto, a flora, a fauna

Dentre outros, como a pesca e a pecuária

Além de todo o extermínio

Causado na bacia e margens do Rio Doce

Esses rejeitos abarrotados de toxinas

Também atingiram uma grande parte

Da bela costa marítima

Deste tão nobre e indigente país!

Autor: Valter Pio dos Santos

27/Nov/2015

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 27/11/2015
Reeditado em 27/11/2016
Código do texto: T5462576
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