Mariana

A dor represada verteu lágrimas

E um sumo humano mórbido,

O punho ferroso e sórdido

Transformou sonhos em lástimas.

A Pantalassa da humanidade

Engole, bravia, a própria água,

Invalidada divisa um Vale

E deixa nos cantos a sua mácula.

As gravatas calculam os danos,

Inoculam concreto judicial nos vazios,

Silêncio de ferro por quantos anos ?

As famílias, a dor e a campanha,

Não digo que vi a dor tamanha

Mas Vale narrar por completo:

A dor foi tanta que não coube num soneto.

Itinga
Enviado por Itinga em 11/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
Código do texto: T5444909
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