Mariana
A dor represada verteu lágrimas
E um sumo humano mórbido,
O punho ferroso e sórdido
Transformou sonhos em lástimas.
A Pantalassa da humanidade
Engole, bravia, a própria água,
Invalidada divisa um Vale
E deixa nos cantos a sua mácula.
As gravatas calculam os danos,
Inoculam concreto judicial nos vazios,
Silêncio de ferro por quantos anos ?
As famílias, a dor e a campanha,
Não digo que vi a dor tamanha
Mas Vale narrar por completo:
A dor foi tanta que não coube num soneto.