HERÓIS DO ABSURDO
Poesia de ANTONIO FAGUNDES
No rosto, um jeito marcado
pelo sofrer;
Sobre cadeiras de rodas
Deslizam pelas ruas esburacadas,
escadas e mais escadas.
Corpos famintos e mutilados,
Amarelos, brancos, negros e suados;
As alegrias distorcidas pelas saudades,
Muitos nunca encararam a luz do sol,
Trancados, no seio dos lares,
Absurdo, as famílias os escondem;
Não os deixam tomar suas próprias decisões
Como se fossem troncos
A serem comidos pelo tempo
Envenenando-se com a própria mente...
Vamos, companheiros, o Sol já nasceu,
Lutar é preciso...
A Revolução interior começa dentro da gente
E a vida aí está, lutar é preciso...
Fazemos parte também do universo,
Estamos vivos, precisamos sentir a vida;
A vida está aí,
Lutar é preciso...
A história do poeta:
Prezados Amigos (as) e Irmão (as):
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza socorro
bem presente na angústia” Sl-46-1
Aos vinte anos de idade, no apogeu da minha juventude, fui acometido de uma terrível enfermidade, uma lesão medular cervical a qual deixou-me
completamente paralítico. De setembro de 1977 a abril de 1983 vivi internado em hospitais; fui submetido a duas cirurgias e vários tratamentos, porém não voltei a andar. O meu estado estacionou em uma tetraplegia com a
mão direita atrofiada em garra e a cabeça caída pro lado esquerdo. Tive muita sorte em continuar vivo, lutando bastante contra as barreiras que me foram apresentadas. Minha luta é titânica; desigual da alma contra o corpo e o
espírito gemendo no meio. A batalha pela sobrevivência é muito intensa, às
vezes dói tanto, fico angustiado com tamanho sofrimento. Preso ao leito ou
na cadeira de rodas, sinto-me em meio a uma grande solidão, porém Deus
sempre carregando-me em seus braços.
Caríssimos amigos (as) e irmãos (as), preciso trabalhar, fazer tratamentos médicos, fisioterapias e outros, infelizmente vivo pedindo caronas. Devido ao meu estado não consigo pegar ônibus, praticamente sou um prisioneiro no lar, a minha vida é uma luta.
Peço uma colaboração para que eu possa continuar vivendo e sonhando com uma vida melhor. Preciso de apoio cultural para editoração dos meus trabalhos: um livro de poesias e um romance.
Sinto-me imensamente feliz em poder contar com a sua gentil colaboração. Peço ao bom Deus que te restitua em paz, alegria e saúde.
Te agradeço sinceramente,
Atenciosamente,
ANTONIO FAGUNDES DE MELO FILHO
Tetraplégico há 29 anos
Fone (71) 3392-2366
Qualquer colaboração:
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Agência 0672
CONTA POUPANÇA 1154-8
Residência:
Rua Maria José Gonçalves, 47- E
41230-370 - Jardim Cajazeiras
Salvador/Ba - Brasil
“A alma generosa prosperará e o que regar também será
regado”- Sl-11-25
Poesia de ANTONIO FAGUNDES
No rosto, um jeito marcado
pelo sofrer;
Sobre cadeiras de rodas
Deslizam pelas ruas esburacadas,
escadas e mais escadas.
Corpos famintos e mutilados,
Amarelos, brancos, negros e suados;
As alegrias distorcidas pelas saudades,
Muitos nunca encararam a luz do sol,
Trancados, no seio dos lares,
Absurdo, as famílias os escondem;
Não os deixam tomar suas próprias decisões
Como se fossem troncos
A serem comidos pelo tempo
Envenenando-se com a própria mente...
Vamos, companheiros, o Sol já nasceu,
Lutar é preciso...
A Revolução interior começa dentro da gente
E a vida aí está, lutar é preciso...
Fazemos parte também do universo,
Estamos vivos, precisamos sentir a vida;
A vida está aí,
Lutar é preciso...
A história do poeta:
Prezados Amigos (as) e Irmão (as):
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza socorro
bem presente na angústia” Sl-46-1
Aos vinte anos de idade, no apogeu da minha juventude, fui acometido de uma terrível enfermidade, uma lesão medular cervical a qual deixou-me
completamente paralítico. De setembro de 1977 a abril de 1983 vivi internado em hospitais; fui submetido a duas cirurgias e vários tratamentos, porém não voltei a andar. O meu estado estacionou em uma tetraplegia com a
mão direita atrofiada em garra e a cabeça caída pro lado esquerdo. Tive muita sorte em continuar vivo, lutando bastante contra as barreiras que me foram apresentadas. Minha luta é titânica; desigual da alma contra o corpo e o
espírito gemendo no meio. A batalha pela sobrevivência é muito intensa, às
vezes dói tanto, fico angustiado com tamanho sofrimento. Preso ao leito ou
na cadeira de rodas, sinto-me em meio a uma grande solidão, porém Deus
sempre carregando-me em seus braços.
Caríssimos amigos (as) e irmãos (as), preciso trabalhar, fazer tratamentos médicos, fisioterapias e outros, infelizmente vivo pedindo caronas. Devido ao meu estado não consigo pegar ônibus, praticamente sou um prisioneiro no lar, a minha vida é uma luta.
Peço uma colaboração para que eu possa continuar vivendo e sonhando com uma vida melhor. Preciso de apoio cultural para editoração dos meus trabalhos: um livro de poesias e um romance.
Sinto-me imensamente feliz em poder contar com a sua gentil colaboração. Peço ao bom Deus que te restitua em paz, alegria e saúde.
Te agradeço sinceramente,
Atenciosamente,
ANTONIO FAGUNDES DE MELO FILHO
Tetraplégico há 29 anos
Fone (71) 3392-2366
Qualquer colaboração:
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Agência 0672
CONTA POUPANÇA 1154-8
Residência:
Rua Maria José Gonçalves, 47- E
41230-370 - Jardim Cajazeiras
Salvador/Ba - Brasil
“A alma generosa prosperará e o que regar também será
regado”- Sl-11-25