"Duro de matar"
A máquina de emporcalhar reputação
Segue emporcalhando a todo o vapor;
Parece que a joça funciona com carvão,
E sua navalha visa cortar ao rés do chão,
Qualquer ameaça contra seu possuidor...
O cidadão de bem tem rasgos de tempo,
Onde rasga o verbo e expões suas dores;
Esses, assalariados, prostitutos do templo,
Saem plantando um alheio mau exemplo,
Pra disfarçar os muitos dos seus pagadores...
De argumentos, bostas, bons de ameaça,
Camuflam seus medos com a pele do grito;
Os decentes são “elite”, “coxinhas”, “reaça”
Como se fosse feio reagir ante a desgraça,
São proprietários, aliás, do feio e do bonito...
Sei dos riscos de se reagir ante um assalto,
Mas, tem bens difíceis de a gente entregar;
Ainda que armados digam, o “mãos ao alto”
Há um colete que protege nesse sobressalto,
os de bem são como Bruce, duro de matar...
Eles não admitem que, enfim, nós acordamos,
Depois de uma longa noite, e muito amarga;
Despertos, não mais, ao embuste aceitamos,
Eles cagaram a nossa nação por muitos anos,
Está fedendo, e nós vamos puxar a descarga...