A feminista
Ela suja a parede da catedral.
Ela arranca os cartazes do mural.
Ela grita e tira a roupa.
Desenha no corpo o seu pedestal.
Arranha os ouvidos de quem não quer.
Escandaliza o fato por ser mulher.
Esconde a origem da questão
e diz que tudo é intriga da oposição.
Ela ignora a ideia de contradição:
Uma intolerante a exigir tolerância.
Direitos quer, sem cumprir dever.
Exige atitude e alto poder.
Esquece que a presidente é.
E mesmo assim diz que mulher
não tem vez onde ela quer.
Pede cotas e afirma
que homem é machista
do fio do cabelo
à ponta do pé.
Se você concorda,
mesmo sendo mulher,
pode até dar risada:
‘você é machista’.
E para ela,
‘merece ser estuprada’.
(Esse feminismo que vemos atualmente, mostrando corpos todos desenhados, neles escrito palavras de ordem, tais como: 'meu corpo, minhas regras', não é nem de longe, o feminismo que quer igualdade de direitos. Camille Paglia - feminista tradicional - também diz isso.)