UMA HERANÇA À DERIVA
Anda uma herança à deriva há dezasseis anos,
Ao sabor de ventos fortes e tempestades,
Navega entre verdades e inverdades,
Tem-me causado sérios danos.
Sendo eu parte interessada, nao desisti dela,
Tudo fiz ao meu modesto alcance,
Para conseguir recebê-la,
Mesmo estando distante.
Muitos interesses inválidos se intrometeram,
Réplicas e tréplicas exerceram,
O processo foi bloqueado,
Eu fiquei transtornado.
Nao me dei por vencido, retomei diligências,
Recorri a pessoas com influência,
Que sensibilizaram a justiça
Pra sentença merecida.
Sempre confiei na justiça da Providência,
Que através de homens de bem,
Usam a sua competência,
Pra receber meus bens,
Finalmente a herança deixou de derivar,
Para ser repartida por quem de direito.
Ruy Serrano - 06.11.015