Na ponta da língua

Que calçada futura será que vai dar pé,

Quando a Lei erra nas plagas de gangue;

criadores insanos proliferam pangarés,

castram mui ciosos a raça puro sangue...

o possível e o real, antagônicos Brasis,

pois a decência indignada não se realiza;

antes, preclaros se curvam aos imbecis,

que diabo de sina que confunde a divisa!

Os fatos somem na cortina de fumaça,

E a galera omissa parece que até gosta;

Depois de tanto querer furar a vidraça,

A mosca sem asas será livre da bosta...

Os canalhas cuja força é a do espantalho,

Ainda posam de ameaças para tolas aves;

Mas, já apodreceu seu marcado baralho,

ciscos, enfim, serão menores que traves...

ainda doem conforme viro, tais ínguas,

mas, a dor terá seu termo, eu acho; agora;

se eles mataram milhões com suas línguas,

milhões de línguas hão de bradar seu, fora!!!