Domingo Sangrento...

Estamos balançando as correntes

E surgem elevações contínuas

Forjando a ira nostálgica

Pois éramos um gado obediente

Tirando de nossos estômagos

Um muro que cerca castelos e riquezas

Enfim, deixamos de sobreviver para viver

E eles nos olham de suas janelas

Pisando na lama de suas ruas

Somos apenas as crianças

As quais não deram amor

As mascaras serão derretidas pelo sol

O sol que se liberta de um cano de ferro

E é banido para o coração dos heróis

A insatisfação foi só mais uma pedrinha arremessada

Impondo a tormenta grosseira

Em nosso rio de lagrimas paradas

Nosso rio de lagrimas paradas

Nós somos os criminosos

Pois quando o auto-proclamado Deus

De carne, ossos e jóias respira

Ele traga para seus pulmões a cobiça

Enquanto tragamos o desejo da desordem

Seus delirantes sonhos

Enchem nosso ar de cinzas

Enchem nosso chão de carvão

Nossos lares se resumem em melodias selvagens

E nos tornaremos heranças

Por que nos tornamos o fogo

Os famintos partirão fazendo soar a canção das correntes

O sol se libertará atravessando carne e sonhos

E a chuva vermelha saciará os miseráveis sedentos

Por que os oprimidos revelaram sua fúria

E um ideal é uma arma que derruba impérios

E já vemos da margem a visão futurística dos seus escombros

No nosso rio de lagrimas paradas

Em nosso rio de lagrimas paradas...