Não quero a cura do câncer

Dizem salvar o Brasil, as instituições,

Basta dois olhos pra tudo se revele;

Querem manter as tetas e os milhões,

Quanto a salvar, no máximo, a pele...

Contam os votos comprados por metais,

Cada venal, mais um, engrossando o rol;

Os que se opõem, são alvejados rivais,

Brasília adora o jogo sujante de Paintball...

Vendem as suas almas por nossa grana,

E tentam nos tontear com sua fumaça;

Assentam em tronos e mereciam cana,

A piada já gastou, perdeu a sua graça...

Seu Brasil é só vilipendiado e enfermo,

Que impotente sofre esse assalto infeliz;

Safados que querem salvar o Governo,

E se colocam como defensores do país...

Não abdico da liberdade de free lancer,

Enquanto livre, ousado, deprecio essa porra,

Eu não desejo, enfim, a cura do câncer,

Que sare o paciente, e o câncer morra...