SERES HUMANOS CEGOS, SURDOS E MUDOS
Hoje de manhã vi seres humanos tão apressados
Mal tinham tempo de olhar para os lados
Ver irmãos com frio, fome e necessitados
O ar gélido deixa os corações mais congelados
Que não deixa ver o outro e seguem apressados
Hoje de manhã o mundo estava apressado demais
Ninguém tinha tempo para olhar os demais
Que nem a esperança no olhar tinham mais
Desconfiam que o mundo não pode mais os amar
Não tem ninguém que uma sopa, um pão, possa ofertar
Ou que pelo menos um pouco de amor possa dar
O mundo esqueceu que cada um é seu irmão
Não pode ajudar, nem estender a mão
O capitalismo se encarregou de cegar também o coração
E cada vez mais o ser humano disfarça o seu olhar
Não é problema seu, porquê se importar?
O ser humano só sabe com seu umbigo de preocupar
** Ontem à noite, quase dormindo, mas congelada (não conseguia me aquecer, ontem foi um dos dias mais frios aqui em Bagé-RS, divisa com Uruguai, a geada deixou tudo branquinho feito neve ontem de manhã) pensei em quem não tinha uma cama quentinha que nem eu. Hoje, quando vinha para o estágio, chovendo, tinha um senho com um blusão fino, uma calça rasgada e chinelos de dedo caminhando na chuva, e esta cena não saiu mais da minha cabeça.
Pense nisso!
Depois dessa reflexão, desejo um bom dia a todos!