A conta, por favor!

Essa mania de ceifar o que se planta,

É só a vida, com seu costumeiro viés;

Sempre cai de volta o que se levanta,

Se, não, sobre, mas, bem perto dos pés...

A canção que todo tempo alguém canta,

Pode receber um zero, onde já teve dez;

Pois, assim que a serpente desencanta,

A luz volta tratando escuro a pontapés...

Os conchavos arrumados na ida janta,

Se desfazem ante circunstância revés;

E a puta que pensavam declarar santa,

Ora, erra, pede emprego noutros cabarés...

Os aplausos roubados pelo velho pilantra,

Já viram puro sangue enxergam pangarés;

Certas plateias amestradas ainda levanta,

Mas essas, morreriam antes a pensar, invés...

Incompetência, até aos incautos espanta,

Veem a fraude das mentalidades xulés;

Navio em chamas, socorro, “Comandanta”!

Ela presto ordena que repintem o convés...

A nação indignada agora paga a conta,

Pois, a justiça ébria claudica sobre os pés;

De ideologia, não de álcool ela está tonta,

Tinha algo entranho nos rubros picolés...