PERFÍDIA

PERFÍDIA

A espada

No estilhaço da bigorna

Afiando a lâmina

Partindo o vento

Separando o elo,

A agonia.

A cana

No chiar da moenda

Extraindo o suco

Que inebria o ébrio:

O zumbido mensageiro

As operárias anunciando

O alimento as colmeias

Numa engenharia intrigante

No comando uma rainha.

A natureza é fêmea,

O mistério

Da perpetuação singela.

Só não eternizam

Sopros fétidos de ideologias

Sem nexo,

Sem consistências

Por serem emanadas

De mentes doentias,

Pérfidas,

Anomalias!

Belo Horizonte, 15 de setembro de 2015- Atalir Ávila de Souza

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 15/09/2015
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