EXCEDENTES D’UMA ERA
De olhos esbugalhados
Salientes... Entreabertos
Ou quase fechados
N’um tempo explícito
De tamanha complexidade
Homens desfigurados
Moribundos descompensados
Descontentam seus dias
Sobre um solo delirante
Entre a miséria e a tempestade
Desajustados, incontidos
Desiludidos e desamparados
Aquém dos elos da sociedade
Aturdidos ao encalço de delírios
Fogem as beiras da realidade
Contestados de pés descalços
Sob a timidez d’um crepúsculo
Ou à lucidez do sol radiante
Assim... Conseqüentemente
Serão excedentes d’uma era!
Autor: Valter Pio dos Santos
20/Ago/2015