A Canção de Hiroshima
Canta o Poeta Grande
"A Rosa de Hiroshima*",
mas já não há rosas em Hiroshima.
Os homens as ceifaram.
E da terra ceifada pelos falsos anjos vingadores,
qual inimiga e trágica Sodoma,
agora só se erguem fantasmas e escombros.
Dores e sofrimentos rastejam abstratos,
pois diziam que o Mal habitava os corpos
e urgia que a Grande Águia
revidasse as ofensas perpetradas.
Urgia que o Pacífico fosse vingado
e que o pavor fosse implantado...
E foi assim
que os falsos anjos vingadores
acharam-se deuses
e decretaram o fim
dos homens que pensávamos ser.
"A Rosa de Hiroshima*",
mas já não há rosas em Hiroshima.
Os homens as ceifaram.
E da terra ceifada pelos falsos anjos vingadores,
qual inimiga e trágica Sodoma,
agora só se erguem fantasmas e escombros.
Dores e sofrimentos rastejam abstratos,
pois diziam que o Mal habitava os corpos
e urgia que a Grande Águia
revidasse as ofensas perpetradas.
Urgia que o Pacífico fosse vingado
e que o pavor fosse implantado...
E foi assim
que os falsos anjos vingadores
acharam-se deuses
e decretaram o fim
dos homens que pensávamos ser.
Às vitimas de Hiroshima, assassinadas pela Bomba Atômica detonada em 06 de Agosto de 1945.
* Da poética de Vinicius de Moraes.
Produção e divulgação de Vera Lucia M. Teragosa.