Seca

Seca, sequidão

implora o o povo do sertão

para sair desse destino

de chuvas de espinhos

cravados em redemoinhos

os cobertores de almas

sedentas.

Seca

devolva a vida

para o nordeste respirar

você já trabalhou duro na arte de matar

matou a mata, matou o verde

secou as lágrimas dos olhos

chorou pela pele

o menino suando.

Na seca,

deitou a boiada

no pasto marrom

sobe a fumaça

do boi queimando

na seca desbotando

e os ossos restantes?

brinquedos flutuantes

nas mãos da esperança

sonho de uma criança.

As mão estendidas

com rugas de sofrimento

sentindo a seca

vem da terra a prece

elevada aos céus:

"Manda a chuva aos filhos seus

o que vem de cima

o sem amor não assassina.

Seca vai embora

não castigue mais que sem culpa chora".

SerAlémdoÓbvio
Enviado por SerAlémdoÓbvio em 31/07/2015
Reeditado em 31/07/2015
Código do texto: T5329957
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