A QUEM ROUBAR O BRASIL

Há mais de quinhentos anos,

Que meu Brasil é roubado.

Quase todas as nações,

Já lhe roubaram um bocado.

Terá ainda o que roubar?

Meu "cumpade" eu vou contar,

Oh! país rico danado!

Já roubaram nosso ouro,

Nossa prata e agora?

Estão roubando o que é nosso,

Obrigando-nos ir embora.

Deixando muita ferida,

Estão roubando nossa vida,

Nosso suor, nossa flora.

O modo de nos roubar,

Apenas mudou de nome.

O pobre planta a semente

A peste do rico come.

Para o pobre é só lamento,

Pois se lhe roubam o sustento,

Continua passando fome.

Depois de tanto sufoco,

O camponês explodiu.

Está ferindo o latifúndio,

Com o ferro que lhe feriu.

Provando ser forte e bravo,

Libertando o povo escravo,

E a exploração infantil.

O movimento Sem Terra,

Luta com tenacidade.

Para que o camponês,

Produza com quantidade.

Comida pra nossa mesa,

Só assim temos certeza,

Que teremos liberdade.

Defendemos uma reforma,

Agrária bem competente.

Onde todo camponês,

Possa plantar sua semente.

E colher sua comida,

Que tenha gosto de vida,

Não de sangue de gente.

E neste momento falo,

Nesta hora, neste dia.

Que a terra é do camponês,

E não é mercadoria.

Pois terra é pra produzir,

Respeitar e garantir,

E ter sua autonomia.

Para o nosso agricultor,

Que enfrenta calor e frio.

Tem seu sangue derramado,

Por que a burguesia feriu.

E todo sem terra diz:

“Pra transformar o país,

É um grande desafio”.

É um desafio com a infância,

Com o nosso Sem Terrinha.

Preparar bem as veredas,

Em que a criança caminha.

Pra que ande nos escuro,

E que garanta um futuro,

Melhor do que a gente tinha.

Precisamos que o jovem,

Tenha uma escola diferente.

Ensinar desde pequeno,

Proteger o meio ambiente.

Lutar contra a burguesia,

Que nos tira a garantia,

De uma vida decente.

E neste momento eu falo,

Pra este povo varonil.

De Norte a Sul, Leste a Oeste,

Foi a dor que nos uniu.

Nosso sangue é derramado,

Mas ai, ai, do desgraçado,

Que roubar nosso Brasil!