Humanóides
Olhar perdido em busca do vazio;
Espreita, suspeita, na cena espia
Uns com gestos involuntários
Outros jogados ao relento
Muitas vezes no sol a pino
Destino? Desilusão?
Cada um com sua história
Que revolve a memória
Em meio a solidão.
Minha mente se detém na cena:
Alguns passantes olham sorrateiros
Apertam os pertences, apressam os passos
Amarram os laços na certeza da proteção!
Eu me pergunto do que eles fogem!
Seria da aparência surreal
Do andar a ermo!
Nesse mundo em que estão
Humanizando os bichos e coisificando
os homens como diz o Pe Claudio
Não assuste se você ver um poste
fazendo xixi no cachorro
Coisa doida essa vida!