Abaixo a hipocrisia

Eu não sou Fachin,

Mas eu dou facada.

Também não sou um Cunha,

Mas tou na parada.

Nem sequer sou Calheiros,

Mas venho a calhar.

Não tenho dinheiro,

Mas quero ganhar.

Eu não sou elite

E nem sou presidente,

Mas que fique claro

Que também sou gente.

Tenho os meus direitos

De viver decente.

Quero ser notado,

Não indiferente.

O país precisa

Dos meus braços fortes.

Rejeito a miséria

Que provoca mortes.

Nada de viver

Abandonado à sorte.

Eu não tenho a Globo

Para me apoiar,

Mas eu não sou bobo,

Posso me virar.

Só bato panelas

Se estiverem vazias.

Quando vou pra rua,

Quero melhorias

O país é de todos

Não só de uma etnia.

Não ando de avião

Nem de carro importado.

Não compro eleição

Com dinheiro roubado

Não vendo a nação

Por alguns trocados.

Compro meu feijão

Com dinheiro suado.

Eu não admito

Manipulação.

Também não acredito

Em qualquer versão.

Tenho que ver escrito

Tal comprovação

Ou então eu grito

“Isso é armação!”

Há tantos direitos

Quantas mordomias!

Falta de respeito,

Barriga vazia.

Quanta diferença

De aposentadorias

Enquanto umas gordas

Outras mixarias.

Umas duram anos

Outras, alguns dias.

Como o ser humano

Sonho com um futuro

Sem tantos enganos

Muito mais seguro,

Com menos indivíduos

Em cima do muro.

Um país mais justo,

Um porto seguro.

Então haverá,

Enfim, harmonia,

Muito menos noite

Que a luz do dia.

Muito mais amor

Que atitude fria

E que a verdade

Vença a hipocrisia.

Valviega

Valviega
Enviado por Valviega em 21/07/2015
Reeditado em 30/11/2016
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