Calçada de cimento e lamento
Ás vezes são vidros de veículos
Que separam dois mundos distintos
O meu, é pertinente às perguntas justas
Aquele, simplesmente permeia respostas injustas
São pessoas esperando o tempo passar, como condução
Na falta de esperanças, remédio ou solução
Muitos abandonaram seus minutos de fé – em pé
Por horas sentados, na calçada de cimento e lamento
Mulheres, jovens ou velhas, de cócoras parem fofocas
Repartem acontecidos porque ninguém aparta seus caminhos
Homens, de todas as idades, esquecem da vida
Naqueles segundos entregues ao gole da bebida
Crianças, grandes ou pequenas, brincam e choram
Muitas vezes descalços, não sabem que seus futuros estão sem calço
Estão todos naquele chão,
Seus presentes e sonhos concretados em vão
Assim, sentados – De rostos acinzentados
Pelo cimento debulhado sem traço
Suas vidas são cinzas
Pela fumaça sinistra...