HIROSHIMA

Não derrotai a rosa.

A bandeira se ergue na

Batalha insana de medíocres

Corações que a ira inflama.

Não derrotai a rosa.

Os canhões ecoam,

Explodem em tirania.

Mortos caídos pelo caminho.

Os sentimentos derramando

Lágrimas vermelhas,

Coaguladas na poeira negra.

Ensandecidos lutam,

Corpo a corpo,

Jovens combatentes,

Juventude ausente,

Velhice precoce,

Sem vitória.

Não detonai a bomba.

Tarde se fez o dia,

Com ele milhares partiam.

A aurora boreal inflamou-se,

Explodiu,

Nada restou.

O céu sumiu,

A terra aleijou-se,

A rosa pálida caiu.

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 17/06/2007
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