FENDAS DA ILUSÃO
Ao deparar-me
Com uma imprevisível escuridão
Meio as brenhas tortuosas e sombrias
Pude ver-te pelas fendas da ilusão
Ao mesmo tempo
Alcancei-te nesse mundo abominável
Entrelaçado a uns múltiplos andrajos
Feito um corvo revestido de façanhas
Assim apresentastes-me
Encarcerado a um aspecto insuportável
A perambular a sós através do incógnito
Como um ancestral arredio desse chão!
Autor: Valter Pio dos Santos
23/Jun/2015