Direitos Desiguais.

O pão falta na mesa

O trabalho é informal

N origem da pobreza

A desigualdade é social.

Cresce a fila de espera

Para ocupar o corredor

O doente desespera

E apela ao Criador.

Muda o trato quem plano tem

A notoriedade de um burguês

Faz check-up no Alberto Einstein

E interna-se no Sírio Libanês.

Não tem renda, só faz bico

Como pode se defende

Dá calote, paga mico

Como eterno inadimplente.

Está na mão da minoria

A riqueza concentrada

Na extração da mais valia

Tanta gente escravizada.

No transporte esmagado

Feito gado no curral

Desembarca amarrotado

Prá trampar cheirando mal.

Dentro do carro importado

O que importa é a ostentação

Aspira o ar condicionado

Longe da poluição.

Ronda o medo pelos lares

Da insegura periferia

Excluída dos bons ares

Dos ventos da cidadania.

Investe alto em segurança

Prá blindar toda a família

Finge a escola que ensina

Pensa o filho que aprendeu

Alienação é sua sina

Um futuro que morreu.

À Europa manda os filhos

Prá refinar a formação

A grana tira os empecilhos

`A melhor educação.

Na ocupação irregular

Pequeno abrigo logo inventa

Faz puxado prá abrigar

A família que aumenta.

Engenharia e arquitetura

Edificou todo seu ninho

Usufrui de estrutura

De outro rico é vizinho.

O pão falta na mesa

O trabalho é informal

Na origem da pobreza

A desigualdade é social.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 18/06/2015
Código do texto: T5281685
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