É preciso.
É preciso ir.
Consumir as todas as horas,
em uma busca infinita.
É preciso viajar
nos porões dos navios,
com homens anônimos,
pássaros negros,
pássaros presos.
É preciso chegar,
(re)encontrar o começo da linha.
Macerar a solidão.
Incendiar mastros.
Iluminar céus.
Mudar o rumo.
É preciso deixar partir,
quem não quiser ficar.
Sorrir, para os que ficarem.
Acolher, com canções em atabaques.
Respeitar,
a liberdade dos olhos,
dos sonhos,
da alma e do infinito...