Protesto
Há um rio seco no meio do caminho
E uma natureza quase morta
Já disseram
Tem gente com fome
Muitos morrendo de bala
Há lixo na vala
E sorrisos de silicone
A criança tem fome
Subtraíram a lei
Mataram a água
E o índio compra o peixe
Desviaram o rio
O hospital agoniza
Tem gente vivendo de brisa e barro
É o jogo
É o fogo
Subtraíram a lei
Roubaram até a bola
É dinheiro no colarinho
Na meia, na cartola
Sobra estádio falta craque
É a pedra, é a pedra
Que sempre mata e sobra
O juiz é amigo do rei
Ou o rei é senhora?
E Deus onde andará?
Questionam nesta hora.
Fechou a porta, apagou a luz.
Foi embora...
Beijo a todos!