COMO UM BAQUE
Olhares que se atrelam
Contra um templo de doutrinas
São tão vagos quanto às iras
Que retalham camufladas nas retinas
Tão impetuosos e felinos
Como as garras das aves de rapina
Que amordaçam suas presas
E as desfiam sob a ênfase d’uma sina
E além das fuligens consumidas
Pelas úngulas aguçadas e ferinas
Sombrias confidências se apartam
Por entre as fúteis cavas das narinas
Antes fossem desalinhos somente
Se as menções das aparências
Culminassem assim... utopicamente
Desiguais aos desatinos em evidência!
Autor: Valter Pio dos Santos
01/Mai/2015