Tributo à Branquinha

Na minha terra há tanta gente eloqüente,

Mas nem sempre todos têm real valor.

E, normalmente, os que preferem aguardente

São, de fato, expoentes, sim senhor.

Não vá pensar que é condição “sine qua non”

Se comportar do jeito que os melhores são.

Não adiante se esforçar só pra ser bom.

Mais salutar é uma outra ocupação.

Desagradável, mas não posso apontar

Os de maior valor pra mim.

Há muita gente que só sabe associar

O aguardente a tudo que é de ruim.

Mas, na verdade, os que não largam a branquinha

São os que chegam a ser fora do normal.

E, sem a mínima alusão a Pixinguinha,

Ah, quem me dera eu pudesse ser igual.

Rio, 28/07/1977