Barraco, doce barraco
Barraco, doce barraco
De tantas bocas,
Que buscam nacos
Pedaços da louca
Que divide o leito
Se insinuando,
Meio sem jeito
Amamenta,
de vez em quando,
e entrega carinho
nem se lamenta,
alterna o leite,
com seu deleite
assim amando
matando a fome
que a consome
podendo morrer de amor
com tanta gente
de tantas cores
barraco, sem salário
nem mesmo armário
quase tudo vazio
é amor sem pio
ninguém reclama
se ela ama
e um ventre prenhe
que o leito espreme
amor indigesto
se é amor incesto