Homens da cor da Braúna..!
mulheres de canto da Graúna..!
silenciosos filhos sem vez e
 voz nenhuma...!

alimentam a fome das Carvoarias
do suor e do trabalho de bóias-frias
e assim fazem o seu pão de todos os dias
...

...e dos imensos mares de eucaliptos
falsos horizontes verdes, quase infinitos
ali silenciam gritos de todos os aflitos...

-a seiva bruta da terra ...quase sugada
resseca a vida duramente adubada
com as chamas da alma queimada..!

e assim, seres viventes sem alma
ardem na labuta ardente da lama
e emparedam a fornalha com calma...

e queimam as florestas sem paixão...
até virarem em duro e bruto carvão...
o mais puro coração....


Foto de João Roberto Ripper

Hoje, 1º de maio de 2015
Dia do Trabalhador
 
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 01/05/2015
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