A MAGIA DO LEQUE
A MAGIA DO LEQUE
Instrumento imprescindível,
Quando a brisa se consome
No ardor de uma paixão.
Um rubor indescritível,
Suaviza quando assome
Lindo leque em sua mão.
Sob o rumor desse abano,
Respiração ofegante,
Descompassa o coração.
E não pode haver engano,
Aquele olhar penetrante
Põe suas vestes no chão.
Atrás do leque escondida,
Seus cabelos balouçando,
Agradecia ao verão.
Quis sair despercebida,
Mas dois braços a enlaçando,
Rodopiaram no salão.
Oh, que noite inesquecível!
Quase teve uma vertigem,
O cérebro em confusão.
Um sussurro inconfundível,
Revelava-lhe a origem
Daquela ardente paixão!