QUERER VER
O QUERER E VER O QUERER
Vazio, o escritor se enriquece feito diamante em carvão sem ar.
Contínuo, o escritor se enaltece feito luz em vácuo sem luminar.
Esparso, o escritor se entristece feito nau em maré sem mar.
Infinito, o escritor se amanhece feito lua em coração sem olhar.
Esperançoso, o escritor se esmorece feito vento em colina sem curvar.
Tendencioso, o escritor se alvorece feito olhos em lágrimas sem brilhar.
Solitário, o escritor se emudece feito trovão em céus sem transbordar.
O VER E QUERER O VER