Queremos fazer poesias de amor, mas descobrimos que o amor pelo Brasil fala mais alto.
O Grito da Terra
A Casa da Mãe Joana,
É a coisa mais insana,
Que se possa imaginar...
Aprendi a ser patriota,
Mas me sinto um idiota,
Quando me ponho a pensar.
A onda, na juventude,
Era ter uma atitude,
De um ser socialista.
Distribuir toda a riqueza,
Era ideia de grandeza,
Sob qualquer ponto de vista.
O grande proprietário,
E mesmo o latifundiário,
Dono de terra improdutiva,
Era nosso alvo preferido,
Do estudante esclarecido,
E manifestante combativo.
A Rússia era o exemplo,
E Cuba, o nosso templo,
Em que tínhamos a mirar.
Os americanos, imperialistas,
Exploradores e consumistas,
Eram pra se abominar.
Mas o mundo dá muita volta,
E descobrimos, com revolta,
Como a coisa foi funcionar...
Um ditador, foi deposto,
E o comunista foi posto,
Em seguida, em seu lugar.
Logo, imediatamente,
Todo povo consciente,
Pôde logo observar:
Continuaram as mordomias,
Só trocaram as serventias,
Outros ricos a roubar...
Aquele exemplo de cima,
Que em cadeia, se ensina,
Pôs-se logo a multiplicar.
Todos queriam o seu direito,
Que lhe dessem o prato feito,
Ninguém queria trabalhar.
Hoje, pobres coitados,
Só temos os revoltados,
A produção foi ao chão...
Importamos até laranja,
Só comemos, mesmo canja,
Estamos lambendo limão!
O Grito da Terra
A Casa da Mãe Joana,
É a coisa mais insana,
Que se possa imaginar...
Aprendi a ser patriota,
Mas me sinto um idiota,
Quando me ponho a pensar.
A onda, na juventude,
Era ter uma atitude,
De um ser socialista.
Distribuir toda a riqueza,
Era ideia de grandeza,
Sob qualquer ponto de vista.
O grande proprietário,
E mesmo o latifundiário,
Dono de terra improdutiva,
Era nosso alvo preferido,
Do estudante esclarecido,
E manifestante combativo.
A Rússia era o exemplo,
E Cuba, o nosso templo,
Em que tínhamos a mirar.
Os americanos, imperialistas,
Exploradores e consumistas,
Eram pra se abominar.
Mas o mundo dá muita volta,
E descobrimos, com revolta,
Como a coisa foi funcionar...
Um ditador, foi deposto,
E o comunista foi posto,
Em seguida, em seu lugar.
Logo, imediatamente,
Todo povo consciente,
Pôde logo observar:
Continuaram as mordomias,
Só trocaram as serventias,
Outros ricos a roubar...
Aquele exemplo de cima,
Que em cadeia, se ensina,
Pôs-se logo a multiplicar.
Todos queriam o seu direito,
Que lhe dessem o prato feito,
Ninguém queria trabalhar.
Hoje, pobres coitados,
Só temos os revoltados,
A produção foi ao chão...
Importamos até laranja,
Só comemos, mesmo canja,
Estamos lambendo limão!