Utopia Social

As nuvens passam estridentes

Como pedaços de algodão resplandecentes.

As aves voam como flechas de asas abertas

Procurando galhos nas árvores verdes

Para louvar o dia que renasce em vida.

Repetição frívola para quem desconhece a cor do viver;

Eternidade louca dos sonhadores esperançosos.

Graça revigorante para amantes;

Amantes que gemem...

Entristecidos com dias infelizes,

Amantes que almejam...

Esperançosos por dias melhores.

Vida sintética cotidiana!

Onde vozes de lamento ecoam pelo alimento.

Ouvem-se gritos de dor,

Gritos do desamor crescente, abundante,

No constante enegrecimento do mundo.

Vidas congeladas!

Que escravizam as almas

Na cegueira de seus próprios mundos.

Há suspiros de tristezas escaldantes,

E nos olhos são lágrimas trasbordantes.

Pela dor que toca, maltrata;

A dor que desumaniza

Fazendo do ser objeto do não ser na vida.

Enquanto o céu, neste inferno,

Brilha num maravilhoso encanto,

E o mar na sua destreza

Vem lamber na praia a fina areia.

Areia do tempo,

Que deixa marcas,

Prevendo com denúncia o nosso mundo patético,

A teia das nossas almas.

E, o mar que rir dos nossos conceitos,

Ensina sobre vida com todo apelo,

Guardando no mais profundo seio,

Enigmas e segredos

Refletindo nos espelhos

Os nossos medos e receios.

O medo de amar,

O medo de ser livre.

Rafael Lima

Rafael Jose de Lima
Enviado por Rafael Jose de Lima em 05/04/2015
Código do texto: T5195652
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.