Os Esquecidos
Parecem seres invisíveis...
Em meio aos demais nem são notados,
Não tem rostos nem identidade,
Seus nomes são cognomes,
Sem saber ao menos quem são.
Existem aos milhares...
Homens, mulheres, crianças,
A cor da pele não importa,
São excluídos da sociedade,
Pois oficialmente nem existem.
Nascem e crescem ao léu,
Analfabetos e sem nome,
Sobrevivem à miséria
Ou sucumbem por causa dela.
E na multidão dos visíveis...
Ninguém os enxerga,
Ninguém nota seus olhares tristonhos,
Ninguém escuta suas vozes que clamam
Por um espaço mesmo que pequeno,
Para que possam ter o seu lugar,
Que buscam nessa sociedade
Que tanto ignora seus direitos.
Seres sem rostos surgindo das sombras,
Procurando seu lugar ao Sol...
Que Deus criou para a humanidade.
E como todos... tem esse legal direito...
Que o egoísmo e a ganância humana,
Ousa sem piedade lhes negar.
Será que todos nós visíveis...
Estamos cegos e nem sequer notamos
Esses irmãos que estão a nossa volta!?
E ignoramos sua voz que chama...
Pedindo talvez... apenas um olhar!
There Válio – 03-04-15