ROSA CAPENGA.

ROSA CAPENGA.

Era um jardim tão imenso.

E aquele cheiro que cura.

Acalma todo o espírito.

Naquela poli-cultura.

E eram rosa vermelhas.

De cores que eu nunca vi

Atraía pardais, e outros...

De canto que nunca ouvi.

Perfume que encanto exala.

Odor único que emana.

Pessoas ali passavam.

Inebriados ficavam.

Na terra do nunca e as fadas.

Seu condão mágico, mudava.

A trajetória singular.

Como pintura de Renoir.

Mais a tesoura cega, inumana.

Degola o caule sua rama.

Odor antes suave derrama.

Mistura-se a aca humana.

Linda, triste inerte.

No colorido vaso ornamentado.

Levada ao centro da sala.

Quase murcha, despedaçada.

De torniquete, estão passarinhos.

Acorrentado papagaio tagarela.

O cão está preso, acorrentado.

O colibri sorve agua acucarado.

No canto, no centro mesa.

A rosa em um charco irracional.

Seu cognome, rainha das flores!

Jaz, capenga; cheira mal.

Liberta-los todos, agora!

A tesoura jogar fora!

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 08/06/2007
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T518806