ROSA CAPENGA.
ROSA CAPENGA.
Era um jardim tão imenso.
E aquele cheiro que cura.
Acalma todo o espírito.
Naquela poli-cultura.
E eram rosa vermelhas.
De cores que eu nunca vi
Atraía pardais, e outros...
De canto que nunca ouvi.
Perfume que encanto exala.
Odor único que emana.
Pessoas ali passavam.
Inebriados ficavam.
Na terra do nunca e as fadas.
Seu condão mágico, mudava.
A trajetória singular.
Como pintura de Renoir.
Mais a tesoura cega, inumana.
Degola o caule sua rama.
Odor antes suave derrama.
Mistura-se a aca humana.
Linda, triste inerte.
No colorido vaso ornamentado.
Levada ao centro da sala.
Quase murcha, despedaçada.
De torniquete, estão passarinhos.
Acorrentado papagaio tagarela.
O cão está preso, acorrentado.
O colibri sorve agua acucarado.
No canto, no centro mesa.
A rosa em um charco irracional.
Seu cognome, rainha das flores!
Jaz, capenga; cheira mal.
Liberta-los todos, agora!
A tesoura jogar fora!