Para um lavrador
Ah! Sou um lavrador
E agora tenho o que qualquer lavrador “tem”.
Tem roça e sítio,
Que é pequeno perfeitamente.
Sobe a ladeira e desce a ladeira...
Salta muita poeira...
Para não deixar que a minicultura se torne poeira.
Os proprietários moram em grandes casas nos centros urbanos;
Eles também fazem das fazendas um lugar sem alimento,
Só capim para todo lado.
E os lavradores vivem de pequenas roças de terra,
Dadas pelo “governo”.
Tiram onda de valentes;
Os matadores dos grandes proprietários de terras.
Isso é uma grande barreira feita só de guerras e conflitos,
Que está em nossa frente,
Onde a conversa se torna ausente.
Tem muita terra sem gente, sem alimento e sem sementes,
Mas tem terra para o capim podre e fraco do rico
E podre poderoso proprietário ou latifundiário.
Homenagem para Sebastião Lan - Na linguagem da terra!
20/06/97
Rodrigo Octávio de Andrade
Poeta, professor e pesquisador