Adeus de Teresa
A primeira vez que vi Teresa,
alisei suas pernas por debaixo da mesa.
E, estupidamente pálida aos toques meus,
Teresa virou os olhos, me deu... e adeus.
Quando vi Teresa de novo,
achei que teria de inventar alguma desculpa por não a ter procurado,
mas Teresa tinha os olhos da mulher pós-Moderna, superior a qualquer [Machismo,
romântica, sim, mas adepta a certo Hedonismo, ao sexo casual,
com viola e versos de repente, sextilhas galopantes, oral,
sem compromisso e sem culpa.
Teresa dá porque tem vontade, porque sente desejo,
aquele mesmo irresistível desejo
tão positivo charme masculino,
tão pejorativo alarme feminino.
Teresa tem belas pernas e não é nada estúpida em mostrá-las...
Pernas-anzol, engodo, arapuca, as de Teresa,
que não é presa, nem caça, mas caça!
Teresa nunca foi Iracema, nem Imaculada,
nem Virgem Maria (Nossa Senhora, nunca seria!), nem qualquer [donzela...
Teresa não é nossa, nem de ninguém,
mas quem ela quiser será dela.
Da terceira vez, não vi mais nada.
Apenas compreendi que não fui eu quem a pegou,
foi Teresa quem comeu e nunca me ligou.