Bandeiras

Gladiadores de pocilga não largam o gládio,

Ainda há muita coisa fétida pra defender;

Seja via Net, Tete a Tete, o mesmo no rádio,

A paixão carece o disfarce nobre do saber...

Confesso preguiça e com os tais, saco cheio,

Decidiram com antolhos pelos rumos breus;

Plantam ervas-daninhas em quintais alheios,

Por falta de vontade para capinarem os seus...

Os “troféus” duvidosos de pretérito proscrito,

Apresentam sobre a mesa como forte apelo;

Cristo já denunciou aos coam um mosquito,

Pra no ato contínuo engolirem a um camelo...

Aí acenam com ruptura de amistosos laços,

Como se isso importasse mais que valores;

Por esses, apenas eu direciono meus passos,

Amizade a esse preço é coisa de mercadores...

Suas ilações doentias de meu presumido joio,

Levam a “concluir” que não existe mais trigo;

Como se incondicionais tivessem o meu apoio,

Os que rumam por trilhas parecidas comigo...

Se mesmo tais pisarem eventualmente na lama,

Não me esperem defendendo o erro, abrupto;

Pra mim, guanaco é guanaco, e lhama é lhama,

Ladrão é só um ladrão, e corrupto, é corrupto...

Lamentável contemplar essa estúpida maneira,

De Sophia perder seu lugar para a insana paixão;

E é de tal forma que merda sob certa bandeira,

Fulgura como se tivesse a beleza de um pavão...

Desculpem a faceta soturna dessa minha arte,

Mas, se engajou cívica na poesia, alheia fronha;

Pra rogar que limpem a bunda com estandartes,

E higienizem às almas, com valores, vergonha...