FANTASMAS DAS RUAS
Fantasma das ruas
Olhe para mim amigo
Veja o meu sofrimento
A rua é o meu abrigo
Como e durmo ao relento
Nem sempre vivi nessa vida
Não usava roupas rasgadas
Nem provava dessa comida
Não andava de mãos estiradas
Sou idoso e vivo doente
Hoje clamo compaixão
Tenho até alguns parentes
Sou velho não me querem não
Sou um fantasma das ruas
Muitos sentem medo de mim
Vivo das migalhas suas
A vida vai passando assim
Não me apedreje amigo
De ti quero um pedaço de pão
Sou apenas um mendigo
No meu peito bate um coração
A saudade doi no meu peito
Penso numa vida do pasado
Não me maltrate desse jeito
Veja que estou ao seu lado.
Lu